Todo

Quando interrogados a respeito de como os vários planetas vieram a receber o significado e as características a eles atribuídas na astrologia, a maioria dos astrólogos provavelmente dirá que essas características planetárias resultam de séculos e milênios de observação, por meio da qual conexões entre posições planetárias, eventos e características pessoais foram testadas e estabelecidas pela evidência repetida. A astrologia, porém, só pode apresentar alegações muito incertas - tanto histórica quanto filosoficamente - para o status de uma "ciência" conforme esse termo é entendido hoje em dia. De fato, no vasto campo da sabedoria e do conhecimento humano, ela ocupa uma posição muito mais importante do que a de uma ciência empírica, imatura e longe de ser exata. Defini a astrologia como uma técnica de conhecimento humano e disse que seu método essencial é partir do todo para as partes; desse modo, por exemplo, do caminho anual completo do Sol para os doze signos zodiacais componentes: do espaço que cerca o recém-nascido para as doze casas que são divisões especializadas desse espaço. Do mesmo modo, quando chegamos à análise do significado individual dos planetas na astrologia, devemos seguir o mesmo método e considerar, antes de mais nada, o sistema solar como um todo, como um organismo cósmico, onde cada planeta (e planetóide, se houver necessidade) ocupa um determinado lugar e tem determinada função. Assim como Áries e Gêmeos apresentam certas características essenciais, porque são respectivamente o primeiro e o terceiro signos seguintes ao equinócio da primavera (o início do "zodíaco natural"), assim também o significado de cada planeta - para nós, seres humanos- origina-se do lugar que ele ocupa dentro da estrutura total do sistema solar, conforme visto e compreendido pelos homens.