Jung e a Astrologia

 Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, foi uma das figuras mais influentes no campo da psicologia e da psicanálise. Ele desenvolveu teorias revolucionárias sobre o inconsciente coletivo e a importância dos arquétipos na formação da personalidade humana.
No entanto, é importante notar que a relação de Jung com a astrologia era bastante controversa. Enquanto ele reconhecia a existência de padrões e sincronicidades no universo, ele também recomendava cautela ao interpretar esses fenômenos astrológicos.
Jung acreditava que a astrologia poderia desempenhar um papel importante no processo de individuação - o desenvolvimento da personalidade única de um indivíduo. Ele argumentava que, ao compreender os símbolos e arquétipos presentes nos mapas astrológicos, poderíamos obter uma compreensão mais profunda de nós mesmos e de nossos padrões de comportamento.
No entanto, Jung também alertava para os perigos de uma interpretação excessivamente simplista da astrologia. Ele advertia que não devemos reduzir as complexidades da psique humana a meros traços de personalidade baseados em signos zodiacais. Para Jung, a astrologia era apenas uma ferramenta, e não uma ciência exata capaz de prever o futuro ou determinar a personalidade de alguém.
Em suma, C.G. Jung teve um papel significativo na exploração da relação entre a psicologia e a astrologia. Embora suas ideias tenham sido controversas, elas abriram caminho para uma compreensão mais ampla da psique humana e do papel dos símbolos em nossa experiência de vida. É essencial abordar a astrologia com uma mente aberta e crítica, reconhecendo tanto suas limitações quanto seu potencial para insights pessoais.

Jung disse que ...

A astrologia seria considerada como um exemplo mais abrangente de sincronicidade, se ela apresentasse resultados universalmente seguros. Existem, entretanto, alguns fatos comprovados por ampla estatística, que tornam a astrologia digna de questionamento filosófico. (Sem dúvida, seu valor psicológico é inexorável, pois representa a soma de todo o conhecimento psicológico da antigüidade).
A possibilidade de se reconstruir o caráter de uma pessoa, a partir do mapa astral na hora do seu nascimento, comprova a relativa validade da astrologia. Lembremo-nos, entretanto, de que o mapa astral não depende absolutamente da constelação astronômica real, mas é baseado num sistema de tempo arbitrário, puramente conceitual. Em decorrência da precessão dos equinócios, o ponto da primavera há muito se deslocou astronomicamente de zero graus de Áries, de forma que o zodíaco astrológico, a partir do qual são calculados os horóscopos, não corresponde de maneira alguma ao zodíaco celeste. Se considerarmos a existência de diagnósticos astrológicos corretos, estes sem dúvida não se baseiam nas influências dos astros, mas em nossas hipotéticas qualidades do tempo. Em outras palavras, o que nasce ou é criado num dado momento adquire as qualidades deste momento.

C. G. Jung
Em  " O Segredo da flor de ouro."

Momentos

Hoje, dia dois de dezembro de 2015,  dia em que o sol conjunto a saturno sofre a quadratura da lua em virgem. Também netuno está enquadrando o sol e saturno ambos em sagitário. Acontecimentos envolvendo o governo brasileiro, é um momento tenso sem dúvida, com ilusões, mentiras afetando a noção de realidade e poder. Em todos os lugares as energias estão afetando tudo, mas cada local e cada pessoa de um jeito de acordo com as configurações.

Psicossomática

Os planetas representam as emoções e são símbolos dos sintomas psicossomáticos que aparecem no comportamento de todos. O que somos não pode ser mudado e mostramos o que temos dentro da psique em tudo que fazemos. Não somos os sintomas ou comportamentos, mas somos a vida que se manifesta em nossa totalidade. O melhor que podemos fazer é compreender os sintomas dos nossos complexos e uma das formas é encontrar os símbolos que os representam. As configurações planetárias são desenhos representados dos sintomas que vivemos. Olhar aos mapas é uma das maneiras de entendermos os complexos que estão constelados e outros que existem em possibilidades de manifestações externas. Todos os complexos se manifestam de alguma forma, direta ou simbólica, mas existem outros que aparentam estarem adormecidos longe da consciência, que hora ou outra lançam-se para fora simbolizando imagens arquetípicas em situações cotidianas.

Estudos

C. G. Jung estudou astrologia e alquimia não por crença em esoterismo, mas por interesse científico, pois; ele mesmo disse que esses conhecimentos são dignos de estudo para o psicólogo pelo fato de terem sido toda a psicologia da antiguidade.

Nossos Pecados

A realidade é que nós mesmos é quem nos fazemos mal. Podemos pensar que os outros são os nossos inimigos, mas na realidade nós é que nos torturamos com nossos pensamentos e crenças. Somos os agentes criadores de nossos medos e traumas. O verdadeiro inimigo está em nós, em nossos vícios, nos nossos maus hábitos e em tudo que realizamos. A crueldade que temos com os outros é a nossa frieza e indiferença com as palavras que usamos para atacar, criticar ou agredir alguém. Quando nos entregamos aos pensamentos ou sonhos acabamos por condenar nossas vidas ao distanciamento da realidade. Nesse estado estamos pecando por fugir de nosso estado natural, por roubar a alegria de nosso Self para entregá-la ao ego.

Jung e a Astrologia

No livro sincronicidade, Jung faz uma pesquisa com 500 casais e verificou as porcentagens de coincidências entre os casamentos e as posições dos planetas. Nessa pesquisa ele levou em consideração a linha horizontal Asc/Des, o Sol , a Lua e Vênus. Aconteceu que os casamentos eram formados pela conjunção ou oposição de um desses cinco aspectos do mapa astrológico. Os mapas foram doados por uma astróloga italiana colaboradora com a pesquisa de Jung, não houve a intenção de escolher pessoas que sabiam dessa pesquisa. Com esses mil mapas Jung pode fazer uma estatística considerável com a relação dos casamentos e a posição dos planetas no céu. 

Consultar os Astros

Quando estamos falando de signos e de planetas, estamos falando de algo sagrado. Todos eles representam os arquétipos  que são algo divino e que contém uma fase da vida em que uma pessoa está passando. Os aspectos astrológicos e as casas são pessoais e também são sagrados por apresentarem experiências divinas. A melhor maneira de olharmos para uma mapa astrológico é fazermos isso estando em consciência sem pensamentos. Não é adequado pensar, nem ficar preocupado com o significado dos astros, é preciso usar a intuição, pois ela não mente e diz sempre a verdade. Os astros representam forças e fases que todos vivemos na vida e além disso é científico o movimento dos planetas, são precisos e matemáticos. Por apresentarem tamanha ordem, eles são uma manifestação de Deus e algo além da razão, que está no campo da vivência real no mundo da realidade. A pureza, a paz, a tranquilidade, a satisfação e a sabedoria são aspectos da vida e devem ser a força do astrólogo. Não há astrologia sem bondade, justiça, amor, compreensão, perdão, ternura, alegria e a presença da divindade no coração do astrólogo, pois o astrólogo é aquele quer vai levar o consulente ao caminho, ao campo de paz. A astrologia é uma linguagem em que o puro conduz honestamente o consulente à pureza. A vida acontece pela força do destino e a fé move as montanhas, move o mundo, a natureza e traz tudo que for necessário para aqueles que amam a própria vida e procuram resposta no sagrado mapa astrológico.