Nova Era

O Sol e Marte têm sido tradicionalmente denominados "masculinos" devido a suas características, já que representam o reconhecimento obtido do mundo exterior e a afirmação da força física. Da mesma forma, a tendência da energia da Lua — alimentar os outros e cuidar deles — e a de Vênus — gerar harmonia e proporcionar satisfação sensual — levou esses dois planetas a serem chamados de "femininos". Por outro lado, a função de Mercúrio — raciocínio e comunicação - está acima da classificação sexual, supondo-se que seja comum a homens e mulheres.

Entretanto, em vez de aceitar de imediato essas rotulações de gênero, é necessário admitir ser raro encontrar um homem totalmente masculino ou uma mulher totalmente feminina: a maioria das pessoas incorpora um tipo de sexualidade que contém tanto impulsos masculinos quanto femininos. O equilíbrio entre esses impulsos determina a medida em que um homem é marcadamente masculino ou uma mulher visivelmente feminina. Para os cientistas, seria uma questão de equilíbrio entre hormônios masculinos e femininos.

Uma faceta fundamental do pensamento da Nova Era é ir além da noção de masculinidade e feminilidade. A rotulação sexual acarreta limitação e segregação — atitudes do tipo "nós e eles" que jamais podem gerar a espécie de companheirismo e unidade, necessariamente, a base de Aquário. O fato de deixarmos de perceber os outros apenas como "homens" ou "mulheres" permite vê-los fundamentalmente como seres espirituais que, nesta vida, podem ter encarnado como homens ou mulheres, mas cuja identidade eterna é assexuada.

Vamos ter em mente o fato de que ninguém tem uma identidade sexual padronizada. Todas as pessoas precisam aceitar tanto seus impulsos masculinos quanto femininos e dar a eles um canal de vazão. Enquanto almas, desempenhamos e continuaremos desempenhando às vezes papéis masculinos, às vezes femininos; assim, na afirmação do seu "ego", homens e mulheres precisam igual-mente levar em conta os cinco planetas pessoais.

O desafio que a Nova Era apresenta a cada pessoa é dimensionar de uma forma correta a sua noção de ego representada pelas energias dos planetas pessoais. Durante muito tempo o homem, simplesmente, ficou "cheio de si", a ponto de rejeitar a noção de unidade com os outros. Agora é hora não de destruir, mas de ajustar suavemente o funcionamento dos nossos impulsos de Sol, Lua, Mercúrio, Vênus e. Marte. Nossa meta não é rebaixar o ego, e sim elevar essas cinco expressões planetárias da nossa individualidade. Quanto à maneira de atingir tal fim, é preciso procurar as ligações entre as cinco energias planetárias pessoais (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus e Marte, as casas e os signos associados) e os planetas da lei e da ordem (Júpiter e Saturno, e casas e signos associados) ou os planetas exteriores (Urano, Netuno e Plutão, e casas e signos associados).