Pouco se conta sobre Urano na mitologia. O primeiro deus no céu regeu o espaço ilimitado e recebeu a tarefa de inventar e dar nomes à Natureza. Urano realizou façanhas criativas tais como idealizar as asas das borboletas, cada uma estampada com sua própria e única individualidade. A presença de Urano no mapa indica que somos capazes de pensamentos e de ações novos e originais. Neste domínio, não é necessário conformar-se com padrões de comportamento tradicionais, convencionais. Ele era casado com Gea, a Mãe Terra. Toda noite, o Céu se deitava sobre a Terra e como resultado disso concebiam filhos continuamente. O casal deu nascimento a uma raça de gigantes conhecidos como os Titãs, a alguns Ciclopes de um só olho e a uma hoste de monstros, cada um com cem braços e cinqüenta cabeças. Desgostoso à vista de seus rebentos, Urano recusou-se a permitir que eles existissem. Por essa razão, assim que eles nasciam, Urano os mandava de volta para o útero de Gea, para o centro da própria Terra. Astrologicamente, isso subentende que podemos conceber na casa de Urano o que acreditamos ser algumas idéias muito boas; mas quando trabalhadas e concretizadas, elas podem não sair tão bem. O que em teoria parecia maravilhoso pode ser um desapontamento quando posto em prática e, como o deus Urano, algumas vezes temos de queimar nossas idéias originais e tentar outra vez. Obviamente, Gea, com o útero cheio dos filhos banidos, não achou nenhuma graça. De dentro de seu peito ela produziu um pouco de aço, forjou uma foice e implorou que seus filhos castrassem o pai com ela. O filho mais novo, Cronos (Saturno), já exibindo um bem desenvolvido sentido de responsabilidade, apresentou-se como voluntário para cumprir a tarefa. Um pouco do sangue do falo desmembrado de Urano jorrou de volta ao útero de Gea e daí nasceram as Fúrias. Quando o órgão foi lançado ao mar, emergiu com a espuma, e Afrodite (Vênus) nasceu.