Movimentos

Além do movimento causado pela aparente revolução do Sol, da Lua e dos planetas em torno da Terra, existe ainda outro tipo de movimento que o horóscopo tem de levar em consideração: A rotação diária da Terra em torno de seu próprio eixo. Os antigos astrólogos precisaram encontrar um meio de relacionar o fenômeno celeste dos planetas que se movem através dos signos com o fenômeno terrestre da rotação diária da Terra em seu próprio eixo. A maneira mais óbvia de fazê-lo foi dividir a rotação de 24 horas da Terra em setores baseados no tempo que o Sol levou para se movimentar de sua posição ao nascer até sua posição ao meio-dia, e desse ponto ao meio-dia até o ponto de se pôr, e assim por diante. Uma vez que em certas épocas do ano o Sol levaria mais tempo acima do horizonte, as divisões não seriam sempre iguais. Martin Freeman em seu livro Como interpretar uma carta de nascimento1 ajuda os estudantes iniciantes em astrologia a conceituar o tipo de movimento causado pela rotação da Terra. Ele sugere que imaginemos um dia no começo da primavera. Do ponto de vista da Terra, o Sol no início da primavera localiza-se na parte do Cinturão Zodiacal conhecido como Áries (no hemisfério norte). No nascimento do Sol do dia em questão, o Sol e o signo de Áries vão ser vistos aparecendo no horizonte leste do observador na Terra. Ao meio-dia, no entanto, nem o Sol nem Áries estarão mais a leste — eles passaram para uma posição mais ou menos acima da cabeça do observador, e um signo diferente, provavelmente Câncer, está no horizonte leste. Mas na hora de se pôr, tanto o Sol como Áries podem ser vistos se pondo no horizonte oeste, e o signo oposto de Libra (distante 180° de Áries) estará se elevando no horizonte leste. Ao nascer do Sol no dia seguinte, o Sol e Áries podem ser vistos novamente a leste, mas o Sol estará 1º mais à frente dentro do signo de Áries. Assim, devido à rotação diária da Terra em seu eixo, a posição dos signos (e dos planetas que neles se encontram) muda em relação ao horizonte.