Mercúrio

Representa a inteligência, a comunicação, as trocas, a maneira que você possui de informar-se e expressar-se. Indica de que maneira você desliga-se da ignorância e atinge à compreensão. Ele está associado aos trabalhos do intelecto como escrever, ensinar e aprender. 

Na sua pior utilização, surge o mentiroso, o ladrão, o superficial. Já em sua melhor apresentação, encontraremos aquela pessoa alegre, brincalhona, estudiosa, inteligente... 

Mercúrio é o regente de Gêmeos, na Mitologia é o deus da comunicação e da eloqüência, mensageiro principal de Zeus com os mortais. A sua inteligência é o seu melhor veículo para compreender o mundo e a você mesmo, mas ela também pode nos trapacear, pois tem limites. Ela pode unir e separar. No Mapa, podemos ter pistas de qual é a melhor maneira de você utilizar a sua inteligência.

Liberdade e livre-arbítrio

A liberdade é um princípio intimamente associado à energia de Urano. Na sua expressão mais elevada, podemos entender liberdade como a capacidade de passar, voluntariamente, da perspectiva própria para a perspectiva alheia. Representa a independência relativa a todos os laços e vinculações — materiais, emocionais ou intelectuais — capazes de impedir a mobilidade e a capacidade de absorver conhecimento sobre o mundo. Como tal, a liberdade permite-nos acrescentar à aceitação intelectual das múltiplas partes componentes do universo, a participação efetiva em experiências e perspectivas diferentes das nossas. Assim procedendo, não deixamos de ter um ponto de vista individual; simplesmente aprendemos a focalizar uma mesma questão de uma série de ângulos diferentes — o segredo da verdadeira inteligência.

A liberdade, numa manifestação aprimorada, jamais permite que a ânsia de independência pessoal cause sofrimento àqueles com quem nos comprometemos, ou tampouco que sejam violados os direitos dos outros. Aceitando-se que todos os indivíduos são igualmente necessários para o funcionamento do todo, segue-se que todos devem desfrutar de direitos iguais e de idêntico grau de liberdade para desempenhar seu papel sem obstáculos. Isso, por sua vez, significa que ninguém tem direito a um grau de liberdade pessoal maior que seus semelhantes. Quando se rejeita a idéia de hierarquia de valores pessoais, rejeita-se também a noção de privilégios desiguais.

Superioridade e inferioridade também são conceitos fora de discussão. Sendo a igualdade intrínseca, nenhum indivíduo é devedor de nenhum outro no sentido

de ser subserviente ou de dever explicações aos outros. Cada função tem um valor intrínseco. O resultado não precisa ser necessariamente a anarquia, pois a verdadeira consciência uraniana pode dar origem a uma sociedade onde não seja preciso apelar para a autoridade imposta, nem de governo tal como o concebemos. Se as noções de classe e de hierarquia fossem extintas, deixaríamos de presenciar a luta pelos direitos e pela liberdade que se reflete na política atual. Se o princípio da igualdade fosse inato no homem, o desequilíbrio e a injustiça externos desapareceriam naturalmente.

A questão da liberdade, como o conceito de igualdade, só pode ser plena-mente entendida quando abordada de uma perspectiva espiritual. A verdadeira liberdade do homem é a liberdade da sua alma, incapaz de ser aniquilada pelos que perseguem ou oprimem o corpo ou a mente. Mesmo com uma boa possibilidade de estarmos sujeitos a múltiplas limitações no sentido físico, que nos dão uma sensação de restrição ou inquietude, a natureza da alma é tal que desfruta de liberdade absoluta quanto ao seu destino. Pois, assim como criamos a realidade atual em função de escolhas passadas, estamos neste momento criando a realidade futura com base em nossos pensamentos, emoções e atos do presente.

A melhor definição possível de Urano é o livre-arbítrio — qualidade acessível a todas as almas e que nos permite escolher entre diferentes opções possíveis. O livre-arbítrio é a grande interrogação da astrologia, já que o mapa natal só pode indicar as opções abertas ao indivíduo, e não a decisão que ele tomará.

Para tomar uma decisão completamente objetiva, é preciso desvincular-se de todos os fatores capazes de impedir a escolha realmente vantajosa. Por este motivo, não se pode exercer de fato o livre-arbítrio antes de deixar para trás todos os vínculos de natureza material, física, emocional ou intelectual. Só então é possível falar em agentes livres, capazes de mudar à vontade a sua situação, conforme a necessidade de crescimento, sem lançar olhares de arrependimento para o passado.

Desprendimento e adaptabilidade, as bases do verdadeiro livre-arbítrio, diferem muito da caricatura de independência que freqüentemente imaginamos ser a liberdade, mas que de fato não passa de medo desvairado do compromisso e da responsabilidade.